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O sucesso e as agruras da Mirtesnet, o 'Facebook brasileiro'

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O sucesso e as agruras da Mirtesnet, o 'Facebook brasileiro':

Mirtesnet (Foto: Mirtesnet)Mirtesnet (Foto: Mirtesnet)

Quem disse que o Brasil não tinha uma rede social genuinamente brasileira? Mirtesnet, de acordo com o publicitário Carlos Henrique Nascimento, já tem mais de 1 milhão de usuários cadastrados, uma média de 80 mil a 90 mil visitas diárias e ganha 8 mil novas inscrições por dia. Um ritmo de crescimento que faz o dono sonhar transformar a rede social na maior do país até o fim do ano. Mas a realidade ainda é outra.
A Mirtesnet nasceu enquanto o publicitário tentava convencer o filho, Erick, a não criar um perfil no Facebook. De acordo com ele, havia muito conteúdo inadequado na rede, como pornografia, então seria mais legal se ambos criassem sua própria ferramenta. Nascimento pediu a um vizinho com mais conhecimento em informática para criar a página e a colocou no ar, três anos atrás, apenas para conhecidos. No ano passado, contente com o visual, decidiu liberá-la para o público.
O nome é uma certa homenagem à esposa de Nascimento. O garoto queria que o site fosse batizado com seu nome, Ericknet. O pai não gostou. O filho, então, sugeriu que o nome da mãe, Mirtes, fosse usado. Os dois acharam engraçado e deram o nome à rede: Mirtesnet. "Ela achou que era brincadeira e, depois que ficou sério, ficou com um pouco de raiva, mas acho que ela já está se acostumando", conta Nascimento a NEGÓCIOS.

O publicitário está bem contente com a repercussão, com várias reportagens publicadas sobre a rede social, a maioria comparando-a ao Facebook. "Cada hora que olho, aparece outra página falando sobre mim, então estou bastante feliz", afirma.
O problema é que o rápido aumento das visitas ao site tirou a Mirtesnet do ar. Durante a tarde e a noite desta quarta-feira (03/04), a página dizia estar sobrecarregada e, portanto, já não era possível fazer login. Por vezes, nem mesmo o aviso era exibido.
As despesas, por outro lado, aumentaram bastante. Inicialmente, ele pagava R$ 29,90 por mês para hospedar a página em um servidor. O valor subiu para R$ 500, depois para R$ 800, e agora terá de ser revisto novamente para aguentar a demanda. "Eu não tenho dinheiro, então vou procurar patrocínios para crescer", admite o publicitário. O funcionário que contratou para cuidar da programação, o único, ganha R$ 2 mil por mês.
A conta, pelo menos antes de contratar um novo servidor, fecha. Com a venda de publicidade, o publicitário consegue arrecadar em torno de R$ 3 mil por mês.
Nada de prejuízo. Nem lucro.

Mirtesnet (Foto: Reprodução)Mirtesnet (Foto: Reprodução)
Pornografia e perfis falsos

Ironicamente, a rede social que Nascimento criou para afastar o filho de um possível conteúdo inadequado do Facebook está infestada de pornografia. "Tem quatro ou cinco usuários que estão colocando fotos. Nós nem apagamos. Excluimos o perfil de vez. Como cresceu rápido e falta estrutura, não tinha como evitar", lamenta.
Outro problema são perfis que não têm qualquer atividade. "As pessoas falam que são falsos, mas não são. Eu já criei uma página no Facebook e nunca mais voltei. O Facebook começou da mesma forma. Mas não são falsos. Até porque eu jamais conseguiria criar tantos perfis em tão pouco tempo", acrescenta o dono da rede.
Não curti no Facebook (Foto: Internet/Reprodução)Não curti no Facebook (Foto: Internet/Reprodução)
Cópia do Facebook

Quem abre a Mirtesnet tem a sensação de estar visitando um Facebook alaranjado. À esquerda, há botões para ver mensagens, fotos, entre outras opções. No centro, um feed de notícias com os recados escritos por outros usuários. À direita, sugestões de amigos e publicidade.
"Na época em que eu criei, eu queria desvincular meu filho do Facebook, então fiz uma página bem parecida. Mas nós vamos tentar ficar diferentes. Vamos procurar mais gente para trabalhar e vamos ficar melhores", conta Nascimento.
O dono da Mirtesnet não teme receber nenhum processo. E nem deve.
De acordo com o advogado Bruno Magrani, pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV, as chances de uma possível ação judicial do Facebook ter sucesso na Justiça é bastante reduzida. "O Facebook poderia argumentar que ele feriu direitos autorais ou praticou concorrência desleal, mas não sei se esses argumentos sobreviveriam no judiciário, porque o design teria que ser muito semelhante", afirma.
Embora a Mirtesnet seja muito parecida com o Facebook, os elementos que foram copiados pelo publicitário não são protegidos pela legislação, explica o advogado. Os botões à esquerda, a timeline ao centro e a publicidade à direita não são, individualmente, propriedades intelectuais de Mark Zuckerberg. "É difícil dizer que ele viola algum direito do Facebook", opina Magrani.

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