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G1
11/02/2011 15h28 - Atualizado em 11/02/2011 15h28
Por Edmund Blair e Samia Nakhoul
CAIRO (Reuters) - Hosni Mubarak renunciou à Presidência do Egito nesta sexta-feira e passou o poder ao Exército. Mubarak encerrou três décadas de governo autocrático, curvando-se à pressão cada vez maior vinda dos militares e dos manifestantes que exigiam a sua saída.
Um orador fez o anúncio da renúncia de Mubarak na praça Tahrir, do Cairo, onde centenas de milhares de pessoas choraram de alegria, comemoraram e se abraçaram, cantando: 'O povo derrubou o regime.' Outros gritavam: 'Allahu Akbar' (Deus é grande).
A celebração tomou conta das ruas do Cairo, Alexandria e outras cidades. As pessoas acenavam bandeiras e tocavam as buzinas dos carros. 'Ele está fora e nós estamos dentro', diziam.
O vice-presidente Omar Suleiman afirmou que um Conselho Militar passaria a dirigir o país, o mais populoso do mundo árabe. Segundo uma fonte militar, o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, chefiará o Conselho. Uma eleição presidencial livre e justa está prometida para setembro.
Pouco depois, a rede de TV Al-Arabiya informou, citando fontes não especificadas, que o Conselho vai demitir o gabinete e suspender as duas casas do Parlamento
A queda de Mubarak, de 82 anos, após 18 dias de protestos populares sem precedentes foi uma vitória monumental para a força popular e com certeza abalará as autocracias ao redor do mundo árabe e além.
Os poderosos militares egípcios haviam dado garantias mais cedo na sexta-feira de que as reformas democráticas prometidas seriam executadas, mas os manifestantes furiosos intensificaram sua revolta contra Mubarak, marchando para o palácio presidencial e a torre da televisão estatal.
Foi um esforço do Exército para neutralizar o levante, mas, ao não acatar a principal exigência dos manifestantes para a saída imediata de Mubarak, não conseguiu acalmar a agitação que afetou a economia e sacudiu todo o Oriente Médio.
A intervenção militar não era o bastante.
O tumulto pela recusa de Mubarak em renunciar testou a lealdade das Forças Armadas, que tiveram de optar entre proteger o comandante supremo ou livrar-se dele.
O confronto cada vez mais acirrado suscitou temores de uma violência fora de controle no país, um aliado-chave dos EUA numa região rica em petróleo, onde o risco do caos se espalhar para outros países repressores preocupa o Ocidente.
O governo norte-americano pediu uma pronta transição democrática para restaurar a estabilidade no Egito, um dos poucos países árabes não hostis a Israel, guardião do Canal de Suez, que liga a Europa e a Ásia, e uma importante força contra o Islã militante na região.
A declaração do Exército observou que Mubarak havia passado os poderes para governar o país de 80 milhões de habitantes ao seu vice no dia anterior - talvez sinalizando que isso deveria satisfazer os manifestantes, reformistas e figuras da oposição.
'Essa não é a nossa exigência', disse um manifestante, depois de passar o conteúdo da declaração do Exército à multidão da praça Tahrir, no centro de Cairo. 'Nós temos uma exigência: que Mubarak renuncie.' Ele havia dito que permaneceria no posto até as eleições de setembro.
A Irmandade Muçulmana, grupo islâmico de oposição, pediu que os manifestantes mantivessem os protestos de rua em todo o país, descrevendo as concessões de Mubarak como um truque para ficar no poder.
REFORMA PEQUENA E MUITO TARDIA
Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas no Egito, incluindo na cidade industrial de Suez, palco de alguns dos episódios mais violentos da crise, e em Alexandria, a segunda maior cidade do país, assim como em Tanta e em outros centros do Delta do Nilo.
O Exército também disse que 'confirma a suspensão do estado de emergência assim que as circunstâncias atuais terminarem', numa promessa de retirar uma lei imposta depois que Mubarak se tornou presidente, após o assassinato de Anwar Sadat em 1981, e que os manifestantes afirmam ter sido usada durante muito tempo para calar a dissidência.
Ele também prometeu garantir a realização de eleições livres e justas e cumprir outras concessões feitas por Mubarak aos manifestantes, que seriam impensáveis antes de 25 de janeiro, no início da revolta.
Nada disso, porém, foi suficiente para as muitas centenas de milhares de manifestantes desconfiados que protestavam nas cidades ao redor do país na sexta, insatisfeitos com o alto desemprego, a elite corrupta e a repressão policial.
Desde a queda do líder da Tunísia Zine al-Abidine Ben Ali, que deflagrou protestos pela região, os egípcios têm protagonizado manifestações contra a subida de preços, a pobreza, o desemprego e o regime autoritário.
LEIS DE EMERGÊNCIA
As potências mundiais haviam aumentado a pressão sobre Mubarak para que ele organizasse uma transição de poder pacífica desde o início dos protestos, no final de janeiro.
Mubarak subiu ao poder quando seu antecessor, Anwar Satad, foi morto a tiros por militantes islâmicos num desfile militar em 1981.
O ex-comandante da Força Aérea ficou muito mais tempo no poder do que qualquer um pudesse imaginar na época, governando com leis de emergência.
R7
Mubarak controlou o Egito com mão de ferro por 3 décadas
Aliado dos EUA, o presidente que escapou a seis atentados foi derrubado por protestos
Do R7
Khaled Desouki/AFP
Mubarak viu o apoio internacional que tinha desaparecer e não resistiu ao poder das ruas; caiu no 17º dias de protestos, da mesma forma que na Tunísia
Aos 82 anos, Hosni Mubarak parecia ser mais um líder árabe a ficar no poder até a morte ou deixar o governo de herança a um dos filhos, como é tradição no norte da África e no Oriente Médio. Após três décadas no poder, com apoio dos EUA, o homem que escapou de seis atentados não resistiu à força das ruas. Após 18 dias de protestos, o presidente egípcio renunciou nesta sexta-feira (11), abrindo caminho para esperanças e incertezas no Egito.
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Mubarak assumiu o Egito em 1981, oito dias após o assassinato do ex-presidente Anwar el Sadat, morto por oficiais do Exército descontentes com o acordo de paz assinado com Israel. Com o tratado, o Egito foi o primeiro país árabe a reconhecer o Estado judeu (hoje também reconhecido pela Jordânia). Tornou-se, assim, uma espécie de guardião de Israel e garantia de estabilidade para a região repleta de petróleo e inflamada por extremistas.
Casado com uma britânica, Suzzane Mubarak, o militar que foi primeiro-ministro de Sadat assumiu o poder com mão-de-ferro. Desde 1981, Mubarak governava o país sob Estado de sítio (ou seja, sem a garantida de direitos fundamentais, uma ditadura na prática). Apesar do regime autoritário, era um aliado e até considerado amigo por autoridades do Ocidente, sobretudo dos Estados Unidos.
As três décadas no poder fizeram crescer a fortuna pessoal de Mubarak. Embora não existam números oficiais, o patrimônio do líder egípcio é equivalente a R$ 117 bilhões (US$ 70 bilhões), segundo o jornal The Guardian.
Carona para primeiro-ministro francês e amigo dos Clinton
Acuado pelos milhares de manifestantes, que há 18 dias acampam na praça Tahir, no coração do Cairo, Mubarak viu o amplo apoio ocidental que tinha desaparecer.
Embora a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, já tenha chamado Mubarak de amigo no passado, o governo dos EUA passou a pedir uma transição ordeira no país. Outros países influentes, como a França, preferiram o silêncio – inclusive depois que se soube que o primeiro-ministro François Fillon viajou de carona num jatinho de Mubarak.
À medida que cresciam os protestos na praça Tahrir, ninguém parecida disposto a defender o líder egípcio. Uma das poucas exceções do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, que classificou o egípcio como “sábio” - nos dias em que ele mesmo corre o risco de cair por causa de um escândalo sexual.
Perda de apoio dos militares foi crucial para a queda
Desde sua independência, em 1953, o Egito é um país estruturado no poder do Exército. Todos os presidentes foram militares. Mas após 30 anos de regime, a opinião no quartel não parecia ser toda favorável a Mubarak.
Pouco a pouco, as divisões nas Forças Armadas começaram a aparecer. O anúncio de que o Exército poderia reprimir os manifestantes nos protestos desta sexta-feira (11) parece colocado os militares contra a parede e forçado que eles definissem de que lado estavam. Nos últimos dias, as negociações eram feitas pelo vice-presidente, o militar Omar Suleiman, nomeado após 30 anos de cargo vago.
Após 18 dias de protestos, mais de 300 mortos (segundo a ONU), a revolta que explodiu inspirada na Revolução de Jasmim na Tunísia (que dias antes também derrubou o regime autoritário vizinho) atingiu seu primeiro objetivo – derrubar Mubarak. O golpe final, mais uma vez, foi dado pelo Exército, que ficou do lado dos manifestantes.
Para os EUA e Israel, o grande temor é que a Irmandade Muçulmana, o principal grupo da oposição, assuma o governo e transforme o país numa república islâmica. Mas líderes do movimento negam isso.
Se o Egito com o Mubarak era sinônimo de autoritarismo, o Egito sem Mubarak é um país com esperanças democráticas e muitas incertezas.
TERRA
Queda de Mubarak é "verdadeira revolução", diz especialista
11 de fevereiro de 2011 • 16h43 • atualizado às 17h08
Soldados egípcios juntam-se às celebrações após a renúncia do presidente Hosni Mubarak
Foto: AFP
Foto: AFP
O movimento popular que tomou as ruas do Egito por 18 dias ininterruptos até a renúncia do presidente Hosni Mubarak, nesta sexta-feira, configura um fenômeno "inédito". A opinião é do cientista político Reginaldo Nasser, entrevistado pelo Terra TV, instantes após a queda do líder. Para ele, trata-se de uma "verdadeira revolução", que "derrotou (Mubarak) pacificamente", sem armas, "numa mobilização que envonveu milhões de pessoas" de "todas as classes do egito". "Independentemente dos resultados que virão, só por esse fato já ficará para a história", sintetiza.
Nesse processo histórico, Nasser acredita que a população - motor central da revolução - deve manter a mobilização para não colocar em risco tudo que já foi alcançado até agora. "O que deveria ser feito é (a população) permancer (nas ruas). Esse momento é decisivo. Tomara que esses jovens continuem mobilizados permanentemente para que não corra qualuqer tipo de continuísmo ou de derrota neste momento", avalia.
Para o cientista, o Ocidente não desempenhou um papel tão nos acontecimento. Os Estados Unidos, "durante todo esse período (de protestos), não acreditaram que esse movimento crescesse", se mantivesse da forma como ocorreu e finalmente terminasse da forma como o mundo presencia agora. Embora diversos países tenham defendido que o governo egípcio devesse dar ouvidos às manifestações populares e evitar a repressão, Nasser acredita que o momento "tem várias lições" para serem aprendidas, inclusive a de refletir o que significa essa 'comunidade internacional'".
Os acontecimentos no Cairo devem ter efeito sobre a região. Nasser aponta a Jordânia e a Síria como países mais propensos a sentirem os efeitos da drástica mudança em curso no Egito. As relações com Israel - que compunha o triângulo com Estados Unidos e Egito nos poderes da geopolítica da região - também devem ser alteradas. O cientista defende que deve ser desfeita a "visão preconcebida de que para ser aliado tem que ter ditador", em referência ao diálogo que Israel mantinha com a suposta democracia mantida por Mubarak há praticamente 30 anos.
Mas a renúncia de Mubarak, embora um momento histórico para a região, deixa muito em aberto no país. "O que é importante são as forças que cuidarão do proecesso de transisção, e (é preciso) estar atento aos militares", avalia Nasser. Para ele, deve-se observar com atenção o modelo pelo qual o Exército egícpio - um dos maiores do mundo - irá coordenar o país até que um novo governo seja instaurado.
Entre as tantas especulações atualmente em curso sobre o futuro egícpio está a do temor sobre a eventual instauração de Estado islâmico, sobretudo pela força que a Irmandade Muçulmana exerce nas alas oposicionistas egípcias. Nasser, no entanto, acredita que se interpreta de modo distorcido a perspectiva de um Estado islâmico: ocorre uma "demonização do islã" e se cria um "falso problema". "Não é a religião que é o problema, é a atitude política", resume. "O Egito (era) um Estado secular e (era) uma ditadura", compara Nasser com a situação vivida no país até esta quinta.
Egípcios saem às ruas, derrubam Mubarak e fazem história
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei "a mudança chegará" para o Egito. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. garantiu que
O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos. Manifestantes pró e contra Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. Nos dias subsequentes os conflitos cessaram e, após um período de terror para os jornalistas, uma manifestação que reuniu milhares na praça Tahrir e impasses entre o governo e oposição, a Irmandade Muçulmana começou a dialogar com o governo.
Em meio aos protestos do dia 10 de fevereiro - o 17º seguido desde o início das manifestações -, Mubarak anunciou que faria um pronunciamento à nação. Centenas de milhares rumaram à Praça Tahrir, enquanto corriam boatos de que o presidente poderia anunciar a renúncia ao cargo. À noite e com atraso de mais de uma hora, a TV estatal egípcia transmitiu a frustração: Mubarak anunciava, sem clareza alguma, que 'passava alguns poderes' para seu vice, Omar Suleiman, mas que permanecia no cargo, para a ira de Tahrir.
Após o momento de incredulidade na quinta, os egípcios mantiveram a força dos protestos na sexta-feira. Insatisfeitos, milhares de manifestantes pernoitaram na Praça Tahrir, mantendo a pressão sobre o governo. No final da tarde, o vice-presidente Omar Suleiman, num pronunciamento de 30 segundos na TV estatal, anunciou que Hosni Mubarak renunciava ao poder, encerrava seu governo de quase 30 anos e abria espaço definitivamente para a transição no Egito.
Nesse processo histórico, Nasser acredita que a população - motor central da revolução - deve manter a mobilização para não colocar em risco tudo que já foi alcançado até agora. "O que deveria ser feito é (a população) permancer (nas ruas). Esse momento é decisivo. Tomara que esses jovens continuem mobilizados permanentemente para que não corra qualuqer tipo de continuísmo ou de derrota neste momento", avalia.
Para o cientista, o Ocidente não desempenhou um papel tão nos acontecimento. Os Estados Unidos, "durante todo esse período (de protestos), não acreditaram que esse movimento crescesse", se mantivesse da forma como ocorreu e finalmente terminasse da forma como o mundo presencia agora. Embora diversos países tenham defendido que o governo egípcio devesse dar ouvidos às manifestações populares e evitar a repressão, Nasser acredita que o momento "tem várias lições" para serem aprendidas, inclusive a de refletir o que significa essa 'comunidade internacional'".
Os acontecimentos no Cairo devem ter efeito sobre a região. Nasser aponta a Jordânia e a Síria como países mais propensos a sentirem os efeitos da drástica mudança em curso no Egito. As relações com Israel - que compunha o triângulo com Estados Unidos e Egito nos poderes da geopolítica da região - também devem ser alteradas. O cientista defende que deve ser desfeita a "visão preconcebida de que para ser aliado tem que ter ditador", em referência ao diálogo que Israel mantinha com a suposta democracia mantida por Mubarak há praticamente 30 anos.
Mas a renúncia de Mubarak, embora um momento histórico para a região, deixa muito em aberto no país. "O que é importante são as forças que cuidarão do proecesso de transisção, e (é preciso) estar atento aos militares", avalia Nasser. Para ele, deve-se observar com atenção o modelo pelo qual o Exército egícpio - um dos maiores do mundo - irá coordenar o país até que um novo governo seja instaurado.
Entre as tantas especulações atualmente em curso sobre o futuro egícpio está a do temor sobre a eventual instauração de Estado islâmico, sobretudo pela força que a Irmandade Muçulmana exerce nas alas oposicionistas egípcias. Nasser, no entanto, acredita que se interpreta de modo distorcido a perspectiva de um Estado islâmico: ocorre uma "demonização do islã" e se cria um "falso problema". "Não é a religião que é o problema, é a atitude política", resume. "O Egito (era) um Estado secular e (era) uma ditadura", compara Nasser com a situação vivida no país até esta quinta.
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Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei "a mudança chegará" para o Egito. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo. garantiu que
O dia seguinte, 2 de fevereiro, no entanto, foi novamente de caos. Manifestantes pró e contra Mubarak travaram uma batalha campal na praça Tahrir com pedras, paus, facas e barras de ferro. Nos dias subsequentes os conflitos cessaram e, após um período de terror para os jornalistas, uma manifestação que reuniu milhares na praça Tahrir e impasses entre o governo e oposição, a Irmandade Muçulmana começou a dialogar com o governo.
Em meio aos protestos do dia 10 de fevereiro - o 17º seguido desde o início das manifestações -, Mubarak anunciou que faria um pronunciamento à nação. Centenas de milhares rumaram à Praça Tahrir, enquanto corriam boatos de que o presidente poderia anunciar a renúncia ao cargo. À noite e com atraso de mais de uma hora, a TV estatal egípcia transmitiu a frustração: Mubarak anunciava, sem clareza alguma, que 'passava alguns poderes' para seu vice, Omar Suleiman, mas que permanecia no cargo, para a ira de Tahrir.
Após o momento de incredulidade na quinta, os egípcios mantiveram a força dos protestos na sexta-feira. Insatisfeitos, milhares de manifestantes pernoitaram na Praça Tahrir, mantendo a pressão sobre o governo. No final da tarde, o vice-presidente Omar Suleiman, num pronunciamento de 30 segundos na TV estatal, anunciou que Hosni Mubarak renunciava ao poder, encerrava seu governo de quase 30 anos e abria espaço definitivamente para a transição no Egito.
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