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Salve o BBB: O que pode ser feito para o reality durar até 2020?
Por JULIANA KALIL
RIO DE JANEIRO - O “Big Brother Brasil 11” prometia inovações, interatividade com o público e uma casa totalmente reformada. Todas as promessas foram cumpridas, mas nem por isso foram suficientes para o sucesso desta edição. E alguém duvida de que o resultado da vencedora foi o que salvou essa temporada do reality show?
A sister Maria como campeã acabou mascarando a edição mais dramática. E esse drama ficou longe de ser por conta da tensão constante de “Paredões” seguidos, e muito menos pela votação acirrada entre os finalistas. O maior vilão desta edição foi o desgaste. Uma fórmula que o Brasil todo já conhece e que veio sem surpresas. O que era novidade, o Sabotador, fracassou.
Isso não significa também que é fim do programa. Até porque, segundo o jornal “Extra”, a Rede Globo acertou mais nove edições com a Endemol, produtora que detém os direitos do formato. Ou seja, até 2020 o “Big Brother Brasil” estará no ar. Mas até lá o diretor da atração, Boninho, terá de convencer os telespectadores que a espiadinha ainda vai valer a pena.
A missão é dura, árdua e quase impossível. O desgaste é notável, porém o Famosidades resolveu ajudar e dar novas ideias à produção. Fomos atrás de jornalistas, críticos, ex-BBBs e blogueiros para saber: o que é preciso fazer para deixar o programa vivo até 2020?
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A colunista do jornal "O Globo" Patricia Kogut acha que dificilmente a atração terá fôlego para tantas edições: “Para mais oito edições pode ser que as pessoas se cansem. Da próxima vez, tem que caprichar na escalação. No ‘BBB 11’, os participantes não empolgaram. Teve gente demais. Pessoas parecidas e apáticas”.
Questionada sobre a seleção de uma transexual que prometia mexer as estruturas do programa, a colunista também não se mostrou muito animada. “Não tinha nada para acrescentar, não tinha carisma”, falou ao Famosidades.
Nesta mesma linha, o jornalista Alê Rocha acha que o elenco do “BBB” deve ser cuidadosamente escolhido: “O problema, ao meu ver, não está nas provas, no formato, nos desafios diários. Um reality show é feito de pessoas. A seleção pode ser criteriosa, mas mesmo assim falhar. Uma boa saída pode ser uma seleção sigilosa. As pessoas poderiam não ter conhecimento sobre o que vão participar”. Uma boa dica!
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Quem também fez questão de falar o que faria para mexer com os ânimos dos brothers foi a ex-participante Lia, que compôs o elenco da décima edição. Para a morena, nada como colocar ex-confinados para deixar todos intrigados.
“Acho que tinha que colocar ex-BBB na casa [risos]. Sério, acho que se tiver ‘Casa de Vidro’ na próxima edição deveriam voltar dois participantes para a casa. Acho que ia ser mais emocionante. Isso acaba mexendo com a vaidade das pessoas, porque elas acham que quem entra tem mais informação e sabe mais sobre o jogo. Isso acaba os tornando alvo certo. Melhor ainda para esquentar”, disse a ex-sister.
E por falar em ex-BBB, ninguém melhor que um participante que acabou de sair de lá para falar o que pode ser feito nas próximas edições. Lucival conversou com o Famosidades e deu uma dica para as competições do reality.
“Poderia haver um equilíbrio maior entre provas de inteligência e condicionamento físico. Porque senão acaba que os participantes mais sedentários ficam fora da disputa. O público gosta de quiz, de coisa que mexa com a inteligência.”
O jornalista ainda deu outras boas ideias: “O Sabotador pode ser aperfeiçoado, porque cria um atrito entre os confinados. De repente também um personagem que entre na casa temporariamente para gerar brigas e confusões”.
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Lucival só deixou bem claro que, por experiência própria, não deveriam ter tantos brothers na próxima edição. “O número de participantes não pode ser tão extenso a ponto de deixar o programa enfadonho. O público não se identifica com um em especial”, disse o jornalista, que compatilha da mesma opinião que Kogut.
Para finalizar, o blogueiro Hugo Gloss veio até com dica internacional para a produção do “BBB”: “No 'Gran Hermano', na Espanha, já teve edição com uma participante anã, outra com um casal que tinha que fingir que não se conhecia (caso fossem descobertos, eram eliminados) e outra com um transexual masculino [mulher que virou homem após operação]. Tem que deixar a bizarrice agir”.
E a imaginação do blogueiro não parou por aí: “Outra coisa que acho óbvia é a edição com famosos. Como eu acho que nenhum famoso time A da emissora aceitaria, poderiam fazer uma edição com ex-BBBs. Ia ser babado, confusão e gritaria! Meu sonho!!”.
Fica a dica, Boninho!
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