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Brasil na rota das produções de Hollywood

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O que diz o R7

Rio ainda peca em estratégia para atrair produções internacionais

Apesar dos esforços, Rio fica bem atrás dos incentivos dados por México e Porto Rico
Sérgio Vieira, do R7 | 15/11/2010 às 05h59
AgNews
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Pattinson e Kristen Stewart gravam cenas de Amanhecer na Lapa
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Por cerca de dez dias, o Rio de Janeiro foi palco de duas megaproduções cinematográficas que, além de movimentarem a rotina de Copacabana – bairro onde todos os atores e mais de 80 produtores ficaram hospedados – injetaram cerca de R$ 8,5 milhões (US$ 5 milhões) na cidade. A prefeitura do Rio comemorou o valor que os dois filmes deixaram na economia do município, mas o resultado poderia ter sido bem melhor.

A filmagem de Amanhecer, no Rio, durante cinco dias, representa um aporte de US$ 3 milhões da Summit Entertainment e a geração de 500 empregos diretos. Já a produção de Velozes e Furiosos 5 representou investimento de R$ 3,4 milhões (US$ 2 milhões) e a geração de 200 empregos.

Apesar de parecer interessante ver locais conhecidíssimos do carioca (como a Marina da Glória, no Flamengo, zona sul e a cidade de Paraty) na sequência de Amanhecer - um dos filmes mais aguardados para 2011 -, ou perseguições com carros na Lapa, também na zona sul, para a quinta parte do filme Velozes e Furiosos, o Rio de Janeiro ainda deixa muito a desejar quando se trata de atrair produções internacionais.

O enredo do Velozes 5 se passa inteiramente na cidade, mas os astros Vin Diesel, Paul Walker, (Velozes e Furiosos 4), Tyrese Gibson (Transformers 2: A Vingança dos Derrotados), Dwayne Johnson (O Fada do Dente), Matt Schulze (Carga Explosiva) fizeram uma passagem relâmpago (com direito a festinha particular, visitas à praia de Copacabana, show de David Guetta e passeio em Búzios) de pouco mais de cinco dias. Obviamente, tempo insuficiente para gravar o filme inteiro em terras cariocas.

Para evitar os altos custos de gravação, a produção optou por rodar praticamente 95% das cenas em Porto Rico, que serviu de cenário para o fictício Brasil. Segundo cálculos feitos pelo R7, Porto Rico embolsou apenas com os gastos de Velozes 1200% mais que o Rio de Janeiro, cerca de R$ 60 milhões. No caso do quarto filme da saga Crepúsculo, a RioFilme repassou R$ 850 mil por duas cenas “cartão-postal”, sem duração estimada.

Embora a RioFilme e Sérgio Sá Leitão, diretor-presidente da instituição, se esforcem por meio de ações pioneiras, como a criação de uma linha chamada Rio Global (com orçamento de R$ 5 milhões (US$ 3 milhões) anuais para ações de incentivo como as de Amanhecer), é impossível para o órgão municipal sozinho conseguir bater de frente com incentivos federais de países como México, que disponibiliza US$ 90 milhões anuais para estimular filmagens em suas cidades, valor 3.000% superior à verba carioca.

- Não é possível comparar o incentivo de um país com o de uma cidade. Temos um problema grave no Brasil, que não oferece incentivos fiscais competitivos por parte do governo federal. Mas a Film Comission é um passo significativo nesse processo.
Incentivos imbatíveis 

Sérgio Sá tem toda razão. Porto Rico e Canadá têm se mostrado imbatíveis quando se trata de atrair produções hollywoodianas. A ilha caribenha, no quesito incentivos fiscais, é incomparável. Recentemente, Porto Rico colocou à disposição das produtoras o “crédito contributivo”, repassando para elas cerca de 40% dos impostos e outros tributos, além dos gastos com moradores durante o período de filmagem. Já no caso tupiniquim, os tributos estaduais e municipais são deduzidos, mas os federais – considerados altos – permanecem, afastando muitas das prováveis gravações.

- É complicado, ainda mais em um país com sistema tributário centralizado. O Rio faz o que está ao alcance da cidade, mas não temos apoio do governo federal nestas questões.

Engana-se quem acha que Porto Rico deixa de ganhar dinheiro, pois ocorre justamente o oposto, já que blockbusters norte-americanos inundam todas as semanas as ruas de San Juan, capital porto-riquenha, e de outras cidades, como a litorânea Fajardo, que serviu de cenário para Piratas do Caribe 4, com a presença de Johnny Depp e Penélope Cruz, em setembro.

Segundo dados da Corporação de Cinema de Porto Rico, em 2010, foram 11 filmes, que resultaram na criação de 20 mil postos de trabalho.

Velozes e Furiosos 5

Mesmo com algumas cenas do roteiro original mantidas, como as filmagens no Morro Santa Marta (foto acima), o incentivo porto-riquenho cortou do roteiro trechos que já haviam sido acertados, como uma perseguição em alta velocidade pela ponte Rio-Niterói, que bem editada certamente entraria para o imaginário cultural da cidade, e cuja interdição para a gravação na via já havia sido autorizada pela CET-RIO. Também foram cortados da versão final pegas em Copacabana, zona sul, na Lapa (no Centro) e na Barra da Tijuca, zona oeste.

Esse é um ótimo exemplo de como a cidade peca na sua estratégia de atrair produções estrangeiras. Apesar de o Rio de Janeiro ter sido cenário, no primeiro semestre de 2010, para 54 produções estrangeiras contra 42 no mesmo período de 2009, as produções hollywoodianas têm grande impacto não somente financeiramente, mas também colaboram para difundir a cultura brasileira por meio da grande vitrine que é o cinema norte-americano, e é justamente por essas razões que o Rio precisa ampliar as negociações.

Sérgio Sá afirmou, com exclusividade ao R7, que irá anunciar gravações de duas novas megaproduções norte-americanas, na primeira semana de dezembro.

Várias Hollywoods pelo mundo

Muitos países já perceberam que colaborar com incentivos fiscais mais generosos facilita o desembarque de grandes produções norte-americanas. Polônia, México, Nova Zelândia, África do Sul, Canadá e Austrália, assim como Brasil, rivalizam entre si para sediar gravações estelares.

As belas paisagens da Nova Zelândia foram filmadas, recentemente, em As Crônicas de Nárnia - A Viagem do Peregrino da Alvorada e farão parte de três grandes filmes para os próximos anos: o Hobbit e Avatar 2 e 3. A Austrália é outro país que, além da beleza natural, chama a atenção dos produtores por suas cidades com locações modernas e outras em estilo europeu.

Já as rodovias polonesas, há pouco tempo, têm sido alvo dos filmes de ação. Suas largas vias são frequentemente usadas como cenário para as perseguições mais velozes. A possibilidade de se transferir uma highway norte-americana para a Europa com baixo custo de produção e em amplas áreas abertas chama a atenção, já que nos Estados Unidos tem sido difícil conseguir autorização para fechar rodovias por muitas horas. A Polônia não serve de palco apenas para os ralis. O Pianista e Império dos Sonhos também foram rodados em solo polonês.

No entanto, o Canadá ganha de longe na disputa com os outros candidatos como a filial de Hollywood fora dos Estados Unidos. Quando assistir a um filme com enredo em Nova York, Boston, Chicago, Houston, ou qualquer outra moderna metrópole norte-americana, as chances de ele ter sido gravado em Vancouver são enormes.
A vocação cinematográfica da cidade é tão grande que ficou conhecida como Hollywood North. Arquivo X; Quarteto Fantástico; Apanhador de Sonhos; X-Men; Rambo; Eu Robô; Todo Mundo em Pânico; X-Men: Wolverine; Watchmen; Rocky 4; O Dia em que a Terra Parou; Efeito Borboleta e muitos outros tiveram cenas ou foram completamente rodados na cidade.

O Canadá, em especial o Estado de British Columbia, onde se localiza Vancouver, se tornou o terceiro maior centro de produção de filmes dos Estados Unidos, após Los Angeles e Nova York. De acordo com a CFTPA (Associação Canadense de Produtores de Filme e Televisão), o Estado arrecadou R$ 2,5 bilhões (US$ 1,47 bilhão) entre janeiro e outubro de 2010 com produções estrangeiras.


Lista de filmes americanos gravados no Brasil

Interlúdio (1946): Uma americana vivida por Ingrid Bergman é filha de um ex-líder nazista. Ela precisa viajar para o Rio de Janeiro para seduzir um homem mais velho, amigo de seu pai. O filme dirigido por Hitchcock ganhou prêmio em Cannes e foi indicado para o Oscar de melhor roteiro.

12 Horas até o Amanhecer (2006): O filme com Brendan Fraser nem chegou a ir para o cinema e estreou direto nas locadoras. Quase todo foi rodado em São Paulo, cheio de cenas da rua Augusta . O personagem de Fraser tenta vender uma mala cheia de cocaína com seu pai, sócio num bordel da capital. Matheus Nachtergaele e Milhem Cortaz participam do filme.

Ensaio sobre a Cegueira (2008): A história não cita uma cidade em especial, mas tem vários takes feitos em São Paulo. Uma epidemia de cegueira assola milhares de habitantes e só a personagem de Juliane Moore enxerga. Há takes numa esquina de Higienópolis, no Minhocão e na Ponte Estaiada.

007 Contra o Foguete da Morte (1979): O espião James Bond parou até no Rio de Janeiro para conseguir enfrentar um milionário que deseja destruir a Terra e ir morar no espaço. No bondinho do Pão de Açúcar luta contra o capanga Dentes de Aço numa cena eletrizante.

Esporte Sangrento (1993): Um ex-fuzileiro americano passa um tempo no Brasil e aprende a lutar capoeira. Logo nas primeiras cenas já é possível reconhecer Salvador servindo de cenário para Mark Dacascos girar no ar. De volta aos EUA ele ensina os alunos problemáticos de um colégio a gingar igual aos brasileiros.

Anaconda (1997): Uma cobra gigante devora toda a equipe de pesquisadores que está na Amazônia numa viagem de barco. O filme tem estrelas do calibre de Jennifer Lopez e Jon Voight, mas virou ícone trash. Algumas cenas foram feitas na Amazônia, mas é difícil reconhecer o que é estúdio com efeitos especiais.

Hulk 2 (2008): Na continuação do filme com a criatura verde, o personagem de Edward Norton vem refugiar-se no Brasil. Uma cena que aparece logo no início do longa foi filmada na favela Tavares Bastos, no Catete, bairro do Rio de Janeiro.

Turistas (2006): Um grupo de jovens passeia pelo Brasil quando são seqüestrados por uma gangue que rouba órgãos. Para representar nossa Mata Atlântica foram rodadas cenas em Ubatuba, litoral de São Paulo.

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