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Integrante do grupo Pussy Riot anuncia greve de fome:
Maria Alekhina, uma das integrantes da banda russa Pussy Riot (Foto:AP Photo/Alexander Agafonov)
Maria anunciou sua decisão ao tribunal Bereznikovski por videoconferência, segundo as agências russas. Ela cumpre pena de dois anos por uma "oração punk" contrária ao presidente Vladimir Putin na catedral de Moscou em fevereiro de 2012.
Maria Alekhina havia solicitado ao tribunal permissão para participar da audiência, como foi no mês passado com a outra presa integrante da banda, Nadezhda Tolokonnikova, que está em uma prisão da república da Mordóvia.
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Em seguida, anunciou que se nega a participar da audiência à distância e inclusive proibiu seu advogado de participar da audiência, e por isso o juiz adiou a sessão para esta quinta-feira (23).
A direção da penitenciária de Perm afirmou nesta terça-feira (21) que é contrária à concessão de liberdade condicional para Maria, mencionando seu mau comportamento e sua violação do regulamento carcerário.
O caso
No dia 21 de fevereiro do ano passado, cinco integrantes do Pussy Riot, todas encapuzadas, invadiram uma área restrita do principal templo ortodoxo russo, tiraram as roupas e começaram a fazer o que chamaram de "oração punk", ou seja, a tocar guitarra e gritar palavras de ordem contra o presidente Vladimir Putin. A atitude foi considerada uma "blasfêmia" pelo arcipreste da Igreja Ortodoxa Russa, Vsevolod Chaplin. Duas integrantes conseguiram fugir sem ser identificadas.
Dia 17 de agosto, Nadezhda Tolokonnikova, de 22 anos, Maria Alekhina , de 24, e Yekaterina Samutsevich, de 30, foram declaradas culpadas de "vandalismo motivado por ódio religioso".
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As três jovens, detidas dias após a provocadora atuação no principal templo dos ortodoxos russos, não se consideram culpadas e disseram que a ação foi uma "expressão política em forma artística".